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Veja as questões passíveis de recursos na prova para Analista do TJ-RS

Prova objetiva foi aplicada no último domingo (23). Prazo para recursos acontece entre os dias 25 e 27 de novembro no site da FGV.

Última atualização em 25/11/2025
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Aplicada no último domingo, dia 23 de novembro, a prova do edital que contempla a carreira de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) está sendo analisada pelo nosso time de professores especialistas e informa abaixo as questões passíveis de anulação identificadas até o momento. Este conteúdo será atualizado conforme novas questões passíveis de recursos forem apontadas pela nossa equipe. Por fim, vale lembrar que a banca ressalta que, para os interessados, o período para interposição de recursos inicia nesta terça, dia 25 de novembro, e segue até a próxima quinta-feira (27), exclusivamente pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca responsável pela seleção.



QUESTÃO 07 - PROVA TIPO 1 - BRANCA

LÍNGUA PORTUGUESA



Banca examinadora: FGV


Assunto: Pedido de alteração de gabarito para alternativa D (também) ou, subsidiariamente, anulação da questão.


Prezados membros da banca,


Interpõe-se RECURSO contra o gabarito preliminar da questão 7, que indicou como correta a alternativa A ( até ), relativa à substituição do advérbio “inclusive” no subtítulo da notícia apresentada.


O comando da questão exige a substituição do vocábulo “inclusive” sem prejuízo semântico, o que pressupõe não apenas a manutenção da ideia de inclusão, mas também a preservação do valor discursivo-pragmático de reforço ou destaque presente no contexto.


Na frase “Uso fica proibido inclusive no recreio...”, o termo “inclusive” atua como operador argumentativo de acréscimo e ênfase (foco). Sua função não é apenas delimitar um extremo, mas introduzir o elemento mais inesperado ou enfático na escala - o recreio - reforçando a extensão da proibição.


Evanildo Bechara ratifica essa função ao afirmar que “inclusive atua como advérbio de inclusão, introduzindo elemento que reforça e amplia o enunciado anterior, aproximando-se semanticamente de expressões como ‘até mesmo’, ‘ainda’ e ‘também’” (BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, p. 320, 37ª ed., 2009). Celso Cunha e Lindley Cintra seguem a mesma linha ao registrarem que “inclusive é empregado para introduzir um termo que se quer destacar como elemento adicional, funcionando como intensificador de inclusão” (CUNHA & CINTRA. Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 574, 7ª ed., 2016).


Dessa forma, o valor de “inclusive” no contexto é o de destaque por acréscimo, o que autoriza sua substituição por outro operador de foco que reproduza o mesmo efeito semântico. A alternativa D, “também”, cumpre perfeitamente essa função, pois se caracteriza como operador de inclusão e soma enfática, introduzindo elemento adicional com o mesmo valor discursivo do termo original. José Carlos de Azeredo é categórico ao afirmar que “advérbios como inclusive e também funcionam como operadores de foco, organizando a informação em termos de destaque e aprofundamento semântico” (AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, 2008).


Ao se proceder à substituição, verifica-se que “Uso fica proibido também no recreio” mantém com precisão o sentido de ampliação enfática, evidenciando que a proibição não se restringe apenas ao ambiente das aulas, mas se estende igualmente ao recreio, preservando integralmente o valor argumentativo original.


Por outro lado, a banca considerou correta a simples substituição de “inclusive” por “até”. Contudo, tal equivalência não se sustenta semanticamente quando o advérbio “até” aparece de forma isolada. Conforme a gramática normativa e a análise discursiva, “inclusive” não expressa apenas limite, mas sobretudo reforço argumentativo e acréscimo enfático, funcionando como operador de inclusão com valor intensificativo.


Nesse sentido, Evanildo Bechara esclarece que “inclusive atua como advérbio de inclusão, frequentemente associado ao valor de reforço e destaque, aproximando-se semanticamente de ‘até mesmo’, mas não de ‘até’ isoladamente”. Complementarmente, Rocha Lima registra que “até indica limite ou alcance extremo; já inclusive opera como elemento integrador que enfatiza a inclusão de um termo adicional no enunciado”.


Assim, para que o termo “até” reproduza o mesmo valor semântico de “inclusive”, torna-se imprescindível o acréscimo do intensificador “mesmo”, formando a locução “até mesmo”. Essa distinção é reconhecida pelo Manual de Comunicação do Senado Federal, fonte frequentemente utilizada pela própria FGV, ao afirmar que “inclusive não deve ser usado com o significado de até, além disso, ainda, até mesmo”. Nos exemplos do referido manual, observa-se com clareza que a equivalência só se estabelece quando se emprega “até mesmo”, e não “até” isoladamente, como em: “Impedindo inclusive o transporte de estudantes às escolas” → “Impedindo até mesmo o transporte de estudantes às escolas”.


Dessa forma, a alternativa que propõe a substituição de “inclusive” apenas por “até” não mantém integralmente o sentido original, pois perde o valor de ênfase e de ampliação discursiva, contrariando o comando da questão, que exige ausência de prejuízo semântico.


Resta, portanto, evidente a coexistência de, no mínimo, duas respostas corretas, uma vez que a alternativa D (também) preserva com exatidão o valor semântico e pragmático de “inclusive”, ao passo que a alternativa A revela-se semanticamente insuficiente quando desacompanhada do intensificador “mesmo”. A manutenção do gabarito exclusivamente na alternativa A afronta o princípio da objetividade e da unicidade de resposta exigido em certames públicos.


Diante do exposto, requer-se a alteração do gabarito para a alternativa D (também), por equivalência semântica plenamente justificável e fundamentada na gramática normativa, ou, subsidiariamente, a anulação da questão, diante da flagrante coexistência de mais de uma alternativa correta, em desacordo com os critérios previstos no edital e com a boa técnica de formulação de questões objetivas.


Nesses termos,
Pede deferimento.


Questão 44 (PROVA TIPO 01 - BRANCA)


Gabarito preliminar: 


A) I, apenas.


Proposta : anulação, pois a afirmativa III também está correta e não há alternativa com I e III juntas.


Argumento:


A afirmativa III copia parcialmente o texto de um exemplo contido na página 12 do Guia Orientativo para Definições dos Agentes de Tratamento de Dados Pessoais e do Encarregado. (Brasil, 2021). 
Texto original do Guia: “A sociedade empresária é a operadora, uma vez que realiza o tratamento dos dados conforme as instruções fornecidas pelo controlador.”
Texto da afirmativa III da questão: “A sociedade empresária é a operadora, uma vez que realiza o tratamento dos dados, conforme as instruções fornecidas pelo gestor público responsável.”


A banca, com a intenção de tornar a afirmativa errada, faz uma alteração ao final da frase original do Guia, substituindo a expressão “controlador” pela expressão “gestor público responsável”.
Essa mudança, no entanto, não tornou a frase errada, pois é necessário analisar o contexto criado pela questão. 


O cabeçalho da questão afirma: “De acordo com as instruções fornecidas pelo gestor público responsável e com o que foi estabelecido em contrato, a sociedade empresária realiza as operações necessárias para viabilizar o tratamento dos dados.” 


Fica claro, portanto, que o Gestor público tem autoridade para dar as instruções. Essa autoridade é corroborada por doutrina que consta no edital do concurso, o Guia de boas práticas LGPD (Brasil, 2020; página 10): “No âmbito da Administração Pública, o Controlador será a pessoa jurídica do órgão ou entidade pública sujeita à Lei, representada pela autoridade imbuída de adotar as decisões acerca do tratamento de tais dados.”

 

Dar as instruções não faz do Gestor o Controlador em si, mas o Gestor pertence ao corpo do Controlador (a União) e a representa, tendo autoridade para dar as instruções.
Resumindo: o cabeçalho da questão afirma que o Gestor tem autoridade para tomar as decisões em nome do Controlador e a doutrina sobre o tema confirma essa autoridade - Guia de boas práticas da LGPD.


A ler a afirmativa III da questão, percebe-se que ela não afirma que o Gestor é o Controlador (isso estaria errado), ela apenas repete o que a própria questão já afirmou no cabeçalho: o Gestor tem a autoridade para dar as instruções. Dessa forma, ela está correta.


Sendo assim, as afirmativas I e III estão corretas e a questão merece anulação.




INFORMÁTICA - Questão 33

A questão em análise solicita que se assinale a opção que indica um comando incorreto para verificar a versão do Windows 10 via Windows PowerShell, tendo como gabarito preliminar a resposta “Sysinfo”. Contudo, além da alternativa "Sysinfo", que é inexistente, a alternativa "Slmgr /dlv" também é incorreta para o propósito de verificar a versão do sistema operacional, conforme demonstrado detalhadamente a seguir:


1. Alternativa (B) “Sysinfo” - Comando Inexistente


O comando “sysinfo” não é um comando válido no Windows PowerShell ou no Prompt de Comando. A ferramenta oficial para obter informações detalhadas do sistema é o “systeminfo”, conforme documentação da Microsoft ( https://learn.microsoft.com/pt-br/windows-server/administration/windows-commands/systeminfo ).


Não há qualquer referência a "sysinfo" como comando reconhecido no Windows, o que torna essa alternativa claramente incorreta.


2. Alternativa “Slmgr /dlv” - Comando Inapropriado para a Finalidade


O comando “slmgr /dlv” (Software Licensing Management Tool) é utilizado para exibir informações detalhadas sobre licenças e ativação do Windows, não para verificar a versão do sistema operacional.


Conforme a documentação oficial da Microsoft: (https://learn.microsoft.com/pt-br/windows-server/get-started/activation-slmgr-vbs-options)


A saída do comando “slmgr /dlv” inclui os seguintes campos, todos relacionados a licenciamento:


- Versão do serviço de licença do software

- Nome

- Descrição

- Identificação da Ativação

- Identificação da Aplicação

- PID estendido

- Canal de Chave do Produto

- Identificação da Instalação

- URL da Licença de Uso

- URL de Validação

- Chave do Produto

- Status da Licença

- Contagem de rearmamento restante do Windows

- Contagem de rearmamento restante de SKU

- Hora confiável


Nenhum desses campos exibe de forma explícita a versão do sistema operacional. O campo “Versão do serviço de licença do software” refere-se especificamente à versão do componente de licenciamento (Software Licensing Service), uma informação técnica interna que se refere à versão do componente responsável por gerenciar, aplicar e validar os termos da licença e a ativação do Windows.


Diferença entre "Versão do serviço de licença do software" e "Versão do Sistema Operacional"


- Versão do serviço de licença do software: É a versão do serviço de licenciamento, que gerencia ativação e chaves de produto.


- Versão do Sistema Operacional: É a informação principal que identifica a versão do Windows, obtida por comandos específicos como `winver` (que exibe uma janela com a versão), `msinfo32` (que mostra "Versão" na seção "Resumo do Sistema") ou `systeminfo` (que exibe "OS Version" claramente).


Portanto, utilizar “slmgr /dlv” para verificar a versão do Windows 10 é incorreto e inadequado, pois não fornece a informação solicitada no enunciado. Sendo assim, A analista Paula precisaria de comandos como `winver` (A), `msinfo32` (C) ou `systeminfo` (E) para cumprir sua tarefa.


Conclusão


Diante do exposto, verifica-se que duas alternativas são incorretas, o que inviabiliza a identificação de uma única resposta válida.


Nesse sentido, solicito a anulação da questão.


INFORMÁTICA - Questão 35



A questão utilizou o nome de uma função compatível apenas com as versões em inglês do software MS Excel 365 (tanto versão web, quando desktop).


A opção por tal idioma apresenta total incompatibilidade com o padrão de concursos públicos que, de forma regular, utilizam as versões em português dos programas. A função em questão, é conhecida no Excel em português como PROCX e não apresenta compatibilidade com o termo em inglês (“XLOOKUP”). Essa prática pode induzir ao erro candidatos que estudaram por materiais e versões do software em português, incluindo amplo histórico de provas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e da Banca Fundação Getúlio Vargas.


Diante do exposto, solicito a anulação da questão, haja vista que o uso do termo em inglês compromete a clareza e a justiça da prova.


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