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OAB 1° e 2° fase

Aprenda a estruturar peças prático-profissionais do zero na 2ª Fase OAB

Entenda como iniciar esse processo da forma correta e evoluir com consistência até dominar a estrutura da sua área

Última atualização em 01/12/2025
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Para muitos candidatos, a peça prático-profissional é o maior desafio da 2ª Fase da OAB. E não é para menos: é nela que você demonstra domínio técnico, capacidade de argumentação, organização e leitura cuidadosa do problema. Mas a boa notícia é que a estrutura de qualquer peça pode ser aprendida, memorizada e aplicada com segurança, mesmo que você esteja começando do absoluto zero. Lembrando que a prova de 2ª Fase do Exame 45 acontece em 22 de fevereiro de 2025, mas quem está na Repescagem, já deve se dedicar com mais afinco à preparação. Em nosso texto de hoje, você vai entender como iniciar esse processo da forma correta e evoluir com consistência até dominar a estrutura da sua área.


1. Comece entendendo o que realmente muda entre as peças


Antes de decorar modelos, é fundamental compreender que:


  • Todas as peças têm elementos fixos (endereçamento, qualificação, pedidos).

  • O que muda é a finalidade da peça, a base legal e a linha argumentativa exigida.

  • A FGV segue padrões: cobra sempre peças típicas, nada “exótico”.


Assim, você não precisa aprender 15 estruturas diferentes — basta dominar a lógica comum e adaptar para cada peça específica da sua área.


2. Tenha um modelo de peça para estudar


O que mais facilita a vida de quem está começando é ter um modelo padrão, que você usa como referência para todas as peças.


Esse modelo deve conter:

  • Endereçamento

  • Qualificação

  • Síntese dos fatos

  • Fundamentação jurídica

  • Pedidos

  • Fechamento


A partir disso, você acrescenta ou remove partes conforme o tipo da peça. Com o tempo, você perceberá que a base é sempre a mesma. O que muda é o conteúdo.


3. Aprenda a identificar a peça antes de estruturar qualquer coisa


Antes de começar a escrever:


- Leia o enunciado com calma.

- Anote quem é o seu cliente (autor? réu? acusado? reclamante?).

- Identifique o momento processual.

- Busque no Vade Mecum os dispositivos que apontam o tipo de peça.


Só depois disso é que você começa a montar a estrutura. Saber identificar corretamente a peça é metade da prova.


4. Domine os “blocos fixos” da sua área


Cada disciplina da 2ª Fase tem blocos característicos. 


Exemplo:

  • Direito Penal: tipificação, excludentes, dosimetria.

  • Trabalho: pedidos líquidos, verbas, reflexos.

  • Civil: competência, tutela, prescrição, contratos.

  • Empresarial: títulos de crédito, falência, assembleias.

  • Constitucional: controle, direitos fundamentais, ADIs.

  • Tributário: lançamento, imunidades, princípios.


Estude esses blocos e treine incluí-los na estrutura da sua peça.


5. Use as peças anteriores como material de aprendizado


Não tente reinventar a roda. A FGV repete padrões, repete estilos, repete fundamentos.


Pegue provas anteriores da sua área e:

  • Leia o enunciado.

  • Descubra a peça.

  • Compare sua resposta com o padrão FGV.

  • Observe o estilo de escrita, a estrutura e os fundamentos usados.


Isso acelera demais seu aprendizado.


6. Pratique a estrutura antes de praticar a peça completa


O maior erro de quem está começando é tentar escrever a peça inteira logo no início.


Em vez disso:

  • Primeiro, treine apenas o endereçamento.

  • Depois, treine a qualificação.

  • Em seguida, a fundamentação jurídica.

  • E só depois monte tudo junto.


Essa prática fatiada deixa o processo muito mais leve.


7. Use checklists para não esquecer nenhum elemento


Criar um checklist é transformador. O seu pode ser algo como:


  • Identifiquei o tipo de peça

  • Coloquei endereçamento correto

  • Qualifiquei as partes adequadamente

  • Narrei fatos essenciais

  • Fundamentei com artigos

  • Apliquei jurisprudência quando necessário

  • Fiz pedidos completos

  • Pedi justiça gratuita ou prioridade, se cabível

  • Fechamento adequado


Checklist = segurança.


8. Treine com limite de tempo


Na prova você terá cinco horas para fazer a peça e as 4 questões discursivas, sem rascunho detalhado. Por isso, inclua simulações no estudo. O objetivo não é escrever perfeito, mas aprender a pensar rápido.


9. Não se preocupe em escrever “bonito, escreva correto


A FGV avalia:

  • Coerência

  • Estrutura

  • Domínio legal

  • Sequência lógica


Não avalia floreio, linguagem rebuscada ou frases longas.


Sua escrita deve ser:

  • clara

  • objetiva

  • direta

  • organizada


É assim que se tira nota alta.


Desafio possível de vencer


Aprender a estruturar uma peça prático-profissional do zero não é um desafio impossível, é um processo. Você aprende a lógica, treina, repete, corrige, melhora. E quanto mais treina, mais natural fica identificar a peça, montar a estrutura e escrever com segurança. Dominar essa técnica é o que separa candidatos medianos dos aprovados.


Se você fizer o básico bem feito, sua aprovação passa a ser uma questão apenas de constância.

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