As Mulheres na Matemática
Falar da presença das mulheres na Matemática é uma tarefa delicada. Digo isso porque, segundo Melo (2017), a atuação neste campo é predominantemente masculina graças a dois fatos: a falta de pensadoras que são apresentadas aos alunos no estudo da disciplina e a diferença expressiva entre o número de homens e mulheres que buscam a ciência para estudo e atuam no mercado ou nas academias.
Quando encerramos o Ensino Médio, conhecemos nomes como Pitágoras, Tales e Euler. Todos homens importantes na construção de nosso conhecimento científico. Mas quais nomes de mulheres a gente conhece? Pensando em contribuir para a divulgação do trabalho das mulheres na Matemática, trago três nomes de mulheres que deram uma contribuição marcante para o desenvolvimento dessa nobre ciência. Além dos nomes delas, um breve relato sobre a contribuição de cada uma delas.
Katherine Johnson
Matemática afro-americana é uma das personagens retratadas no filme “Estrelas além do tempo”, que resgata a trajetória de cientistas negras que trabalharam na NASA durante a corrida espacial, na década de 1960. Naquela época, ainda não se usava computadores para fazer cálculos complexos, e foi Katherine a responsável pelas contas que garantiram a ida e a volta de astronautas ao espaço com segurança. Por ser mulher e negra, sofreu muito preconceito, mas seu pioneirismo na ciência espacial foi incontestável pelos trabalhos, pesquisas e artigos científicos que produziu.
O site da NASA dispõe de um repositório com inúmeros artigos referentes à Katherine, que podem acessados aqui.
Maria Laura Mouzinho Leite Lopes
Primeira doutora em Matemática do Brasil, foi, também, a primeira mulher a se tornar Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1951. Em sua carreira, a pernambucana atuou em instituições de prestígio como a Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), onde foi a primeira mulher a ministrar aulas de geometria no curso de engenharia. Participou da criação do CNPq e do IMPA.
A biografia da matemática brasileira pode ser conferida na 2ª edição do projeto Pioneiras, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Maryam Mirzakhani
A iraniana foi a primeira mulher a receber a Medalha Fields, em 2014. Ph.D. em Matemática pela Universidade de Harvard, deu aulas na Universidade de Princeton e na Universidade de Stanford. Entre suas áreas de pesquisa estava a geometria algébrica, geometria diferencial, sistemas dinâmicos, probabilidade e topologia de baixa dimensão. Maryam inclusive inspirou a criação do Dia das Mulheres na Matemática, celebrado em seu aniversário, 12 de maio.
Você pode consultar os artigos que Maryam escreveu no Google Scholar.
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