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OAB 1° e 2° fase

Peça processual: como dominar essa etapa crucial da 2ª fase da OAB

Aprenda a identificar e estruturar a peça processual correta na 2ª fase da OAB com clareza e técnica

Última atualização em 22/08/2025
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pessoa estudando sobre peça processual


Se você está se preparando para a 2ª fase da OAB, já percebeu que saber elaborar uma boa peça processual pode ser o grande diferencial entre a aprovação e o temido “exame seguinte”.


A dificuldade em identificar corretamente a peça exigida, a ansiedade durante a prova e o desafio de manter a estrutura adequada são algumas das dores mais comuns dos examinandos.


Neste artigo, vamos te mostrar o que é uma peça processual, quais os tipos mais cobrados na OAB, como interpretar o enunciado corretamente e quais estratégias usar para escrever uma peça clara, objetiva e juridicamente embasada. Boa leitura!


O que é uma peça processual e para que serve?

A peça processual é o instrumento jurídico por meio do qual as partes se manifestam formalmente nos autos de um processo.


Ela serve para apresentar pedidos, defesas, recursos e demais manifestações previstas em lei no decorrer da tramitação de um caso judicial ou extrajudicial.


Na 2ª fase do Exame da OAB, o candidato precisa demonstrar que sabe identificar e redigir corretamente uma peça adequada ao caso apresentado no enunciado.


Ou seja, é um teste direto de prática jurídica. Por isso, não basta saber o conteúdo teórico, é essencial treinar a aplicação prática da lei, jurisprudência e estrutura formal das peças.


Quais são as peças mais cobradas de cada área na 2ª Fase da OAB?

Na 2ª fase da OAB, o candidato precisa redigir uma peça processual adequada ao caso proposto no enunciado. O desafio é justamente reconhecer a peça correta e estruturá-la de forma técnica.


Mas afinal, quais são as peças que mais caem em cada disciplina? Confira abaixo a lista completa com base no histórico de exames.


Direito Penal

O Direito Penal costuma ser uma das áreas mais escolhidas, e a prova cobra peças ligadas à defesa e aos recursos. As mais recorrentes são:


  • Recurso de Apelação – 13 vezes;
  • Memoriais – 9 vezes;
  • Recurso em Sentido Estrito – 5 vezes;
  • Resposta à Acusação – 5 vezes;
  • Contrarrazões de Apelação – 5 vezes.


Direito do Trabalho

No Trabalho, as peças giram em torno de ações e recursos típicos da Justiça Trabalhista. As mais cobradas foram:


  • Contestação – 14 vezes;
  • Recurso Ordinário – 12 vezes;
  • Reclamatória Trabalhista – 9 vezes;
  • Agravo de Petição – 3 vezes;
  • Ação de Consignação em Pagamento – 2 vezes.


Direito Constitucional


No Constitucional, o foco está em ações de controle e defesa de direitos fundamentais. As peças mais cobradas foram:


  • Mandado de Segurança – 10 vezes;
  • Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) – 9 vezes;
  • Ação Popular – 6 vezes;
  • Recurso Extraordinário – 3 vezes;
  • Recurso Ordinário – 3 vezes.


Direito Civil

No Civil, a variedade de peças é maior, mas algumas aparecem de forma constante:


  • Petição Inicial;
  • Apelação;
  • Embargos de Terceiro;
  • Agravo de Instrumento;
  • Contestação, Embargos à Execução ou Recurso Especial.


Direito Tributário

O Tributário também segue um padrão de repetição. As peças mais comuns são:


  • Mandado de Segurança – 9 vezes;
  • Apelação – 9 vezes;
  • Ação Anulatória – 8 vezes;
  • Agravo de Instrumento – 7 vezes;
  • Ação de Repetição de Indébito – 7 vezes.


Direito Administrativo

No Administrativo, as peças variam bastante, mas sempre com foco no controle de legalidade de atos da Administração. As mais cobradas foram:


  • Apelação;
  • Ação Anulatória;
  • Mandado de Segurança;
  • Ação Indenizatória;
  • Contestação ou Agravo de Instrumento.


Direito Empresarial

Empresarial é a disciplina em que a cobrança mais se concentra em uma única peça.


  • Petição Inicial – 27 vezes;
  • Contestação – 3 vezes;
  • Agravo de Instrumento – 3 vezes;
  • Apelação – 3 vezes;
  • Embargos de Terceiros – 2 vezes.


Qual é a estrutura-base de uma peça processual?

Embora cada tipo de peça tenha suas particularidades, há uma estrutura padrão comum que pode ser usada como referência.


Dominar essa base ajuda a reduzir o tempo de redação na prova e evita erros formais. Os principais elementos são:


  1. Endereçamento: para qual autoridade ou juízo a peça é dirigida;
  2. Qualificação das partes: nome, CPF, endereço e outras informações relevantes;
  3. Dos fatos: exposição clara da situação fática;
  4. Dos fundamentos jurídicos: análise baseada na legislação, doutrina e jurisprudência;
  5. Do pedido: o que se pretende com a peça (ex: condenação, absolvição, anulação de ato);
  6. Valor da causa (quando aplicável): indicação do valor econômico do pedido;
  7. Protesta por provas: indicação das provas que pretende produzir;

Saber montar essa base de forma automática é essencial para ganhar tempo e confiança na prova.


Como memorizar as peças processuais para a prova da 2ª fase OAB?

Com tantas peças possíveis, é comum que o estudante se sinta sobrecarregado. Mas algumas técnicas práticas ajudam na memorização:


  • Monte esquemas visuais: mapas mentais e quadros comparativos entre peças ajudam a fixar as diferenças;
  • Pratique com questões anteriores: resolução de provas reais é insubstituível para gravar estruturas e temas frequentes;
  • Crie fichamentos personalizados: anotar os principais elementos de cada peça em cartões facilita revisões rápidas;
  • Associe cada peça a um caso concreto: isso ativa a memória associativa, facilitando a lembrança do modelo;
  • Utilize flashcards digitais: ferramentas como Anki permitem revisar conteúdos de forma espaçada e eficiente.


Leia também: Revisões Estratégicas Para A OAB — Como Maximizar Seu Desempenho


Como interpretar o enunciado da prova para saber qual peça processual usar?

Esse é um dos maiores desafios da prova. Uma interpretação errada compromete toda a nota da peça, mesmo que a estrutura esteja impecável. Por isso:

  • Leia o enunciado com atenção redobrada. Busque identificar quem é o cliente (autor ou réu?) e qual o seu objetivo;
  • Grife palavras-chave. Indícios como “indeferiu”, “decidiu”, “ajuizou” ajudam a entender o contexto;
  • Observe prazos. Algumas peças têm prazos específicos que também servem de pista;
  • Treine com simulados. Quanto mais você simular esse raciocínio, mais rápido será na prova real;
  • Evite o impulso de decidir antes de ler tudo. Muitos candidatos erram por querer adivinhar a peça logo no início da leitura.


Como escrever uma peça processual de boa qualidade?

Escrever bem vai além da linguagem jurídica correta. É preciso ser claro, objetivo e demonstrar domínio técnico. Aqui vão algumas dicas:


  • Seja direto: evite floreios. A banca valoriza objetividade;
  • Use parágrafos curtos: facilitam a leitura e evitam confusão;
  • Apresente argumentos com base legal. Cite artigos e fundamentos sempre que possível;
  • Mantenha a organização visual: use títulos, espaçamentos e alinhamento limpo;
  • Revise com atenção: erros gramaticais ou omissões estruturais custam pontos preciosos;
  • Gerencie o tempo: pratique com cronômetro para garantir que conseguirá concluir no tempo previsto.


Se você quer se preparar de forma estratégica para a 2ª fase da OAB, com foco em prática, correção individualizada e acompanhamento completo, conheça os planos do Ceisc para a OAB 2ª fase.


Com o apoio certo, a peça processual deixa de ser um obstáculo e se torna seu ponto forte.



Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que é uma peça processual, conheceu os principais tipos cobrados na 2ª fase da OAB e viu como interpretar o enunciado corretamente, montar a estrutura ideal e escrever com qualidade técnica.


Também viu estratégias para memorizar as peças e dicas práticas para otimizar o tempo e a clareza na prova.


Para quem quer se destacar no exame e conquistar a tão sonhada carteirinha da OAB, dominar a peça processual é essencial. E com o suporte do Ceisc, esse desafio pode ser vencido com método, prática e segurança.

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