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Retrospectiva Brasil 2024

Na segunda parte da retrospectiva, o professor Bruno Segatto, apresenta alguns dos principais acontecimentos que agitaram o Brasil em 2024.

Última atualização em 30/12/2024
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Da seca à enchente histórica, os brasileiros sentiram na pele - e no pulmão - os efeitos da alteração climática em ano de eleições municipais e inflação persistente.


Poucos países do mundo sofreram tanto com eventos climáticos extremos como o Brasil em 2024. A solidariedade e a resiliência contribuíram para superar estes fenômenos e empreender as tarefas de reconstrução, mas elas foram dificultadas pelo cenário  econômico vivido no país este ano. Para facilitar seus estudos de Atualidades, o Ceisc reuniu alguns acontecimentos de 2024 nesta retrospectiva organizada em três tópicos: eleições e tecnologia, economia e sociedade e meio ambiente. Confira!


Eleições e tecnologia: o Brasil como modelo

Em 2024, os brasileiros foram às urnas eleger prefeitos e vereadores. Com um crescimento expressivo nos casos de violência política e dos partidos de centro-direita nos Executivos municipais, as eleições de 2024 contaram com uma novidade importante. Contando com a presidência de Cármen Lúcia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou o uso da inteligência artificial (IA) na campanha eleitoral. O tribunal proibiu o uso das deep fakes, obrigou a exibição de avisos sobre o uso da IA, restringiu o uso de robôs para intermediar contato com eleitores e responsabilizou as big techs que não retirarem do ar conteúdos com desinformação, antidemocráticos e discursos de ódio.

A iniciativa brasileira foi vista como modelo por parte de outros países que discutem a regulamentação das redes sociais, pauta esta que também está em discussão no Congresso Nacional. Ela já havia sido debatida quando o ministro do STF, Alexandre de Moraes, suspendeu o X e impôs elevadas multas à rede social de Elon Musk.



Economia e sociedade: em busca do equilíbrio fiscal

Desde que assumiu em 2023, o governo Lula não hesitou em elevar o gasto público para implementar políticas de redistribuição de renda e redução da pobreza, como a retomada da valorização do salário mínimo. Em 2024, os resultados destas iniciativas apareceram, algumas positivas e outras negativas.


Segundo o IBGE, o Brasil alcançou menores níveis de pobreza e extrema pobreza e de desemprego (6,2%) das respectivas séries históricas, ambas iniciadas em 2012. Do mesmo modo, a valorização do salário mínimo fomentou um crescimento da produção industrial e do consumo das famílias. Em fins de 2024, o Brasil voltou a figurar entre os 10 países com maior PIB do mundo.



No entanto, a elevação do gasto público não acompanhada de medidas de ajuste fiscal acenderam o alerta para agentes do mercado financeiro. O cenário de incerteza refletiu na desvalorização do real frente ao dólar, o que contribuiu para pressionar a inflação. A inflação, por sua vez, passou do teto da meta de 4,5% no final de 2024, corroendo o poder de compra do brasileiro, principalmente nos quesitos alimentação, transporte e moradia. 


Neste cenário, o Banco Central elevou a taxa de juros Selic da economia. O índice chegou perto dos 12% na última reunião do BC com a presidência de Roberto Campos Neto. Em 2025, assume Gabriel Galípolo, que já adiantou que não irá alterar a política de juros da entidade.Caberá ao Governo Federal, com apoio do Congresso, estabelecer o equilíbrio entre controle fiscal e políticas sociais.



Meio ambiente: das enchentes às secas, passando por terremotos

O preço dos alimentos foi pressionado pelos eventos climáticos extremos que, de Norte a Sul, prejudicaram o potencial produtivo do setor primário. A seca histórica no Norte prejudicou a produção, aumentou o custo logístico numa região onde predominam as hidrovias e deixou comunidades ribeirinhas isoladas. A seca que diminuiu o nível dos rios da Bacia Amazônica também foi sentida no Nordeste, onde foi descoberta a primeira região de clima árido no Brasil. Abrangendo um trecho de quase 6 mil km² no centro-norte da Bahia, a área de aridez é aquela que sofre com a falta crônica de umidade no clima.



A soma de clima seco com temperaturas elevadas (42ºC em alguns casos)  resultou em queimadas pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. A fumaça das queimadas chegou até a região Sul graças às correntes de ar que incidem sobre o território brasileiro. E por falar nela, a região Sul sofreu com enchentes e deslizamentos de terra, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em terras catarinenses, o Vale do Itajaí foi o mais atingido. Já no extremo-Sul, as cheias inundaram cidades dos vales dos rios Pardo, Taquari, Caí, Sinos e Paranhana, além da capital Porto Alegre, que registrou a maior enchente de sua história.



Como se não bastassem as enchentes e secas, o Brasil também registrou terremotos significativos em 2024. Embora a maioria seja imperceptível, o país registrou 108 tremores de terra neste ano. Cidades de São Paulo, Minas Gerais e Bahia sentiram abalos leves e moderados em diferentes momentos do ano, enquanto a região Norte registrou o mais forte abalo sísmico da história brasileira até o momento. Ocorrido numa área entre os estados do Amazonas e do Acre, o terremoto teve magnitude 6,6 graus na Escala Richter. Que em 2025 a natureza seja mais benevolente com os brasileiros!


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