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Veja as questões passíveis de anulação do concurso de Analista Judiciário e Oficial de Justiça do TRF-1

Corpo docente do Ceisc analisou as provas aplicadas no último domingo (29).

Última atualização em 04/10/2024
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Com provas elaboradas pela Banca FGV, concurso do TRF-1 contou com grau de dificuldade considerado alto. Os candidatos possuem até 2 dias úteis após a publicação do gabarito (1º/10) para interpor recursos. 


Confira aqui os gabaritos preliminares da banca

Importante: as questões não estão numeradas porque a ordem variava conforme o tipo da prova. No entanto, estavam presentes nos cadernos dos candidatos dos cargos Analista Judiciário - Área Judiciária e Analista Judiciário - Oficial de Justiça e Avaliador.


LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO: “Leia a frase abaixo com atenção: “As árvores genealógicas são a única espécie arbórea....”

GABARITO RECURSO: (D) a frase foi estruturada na base de uma comparação entre uma árvore genealógica e uma árvore natural. 

FUNDAMENTO RECURSO: A banca indica, no gabarito preliminar, a opção B. No entanto, considera-se equivocada essa avaliação. A frase apresentada no enunciado é “As árvores genealógicas são a única espécie arbórea que teria razões para ocultar suas raízes”.
A questão apresenta uma requisição de habilidade de interpretação e texto com frase sem contexto, sendo o texto formado por uma frase que inicialmente pode indicar uma busca por conceituar árvore genealógica e aproximá-la de uma arbórea.
Analisando a construção e o sentido dessa frase, observa-se que ela não traz qualquer elemento indicador de crítica ou rechaça ou de comportamento de pessoas quanto à construção de uma árvore genealógica, com o objetivo de criticar pessoas muito preocupadas com a origem familiar, mesmo se considerar o sentido conotativo de expressões como “árvores genealógicas”, “espécie” e raízes”. Além disso, em se tratando de árvore genealógica, com identificação de filiação, parentesco ou outras formas de estabelecimento de relações intra e interfamiliares, esses dados da origem humana não podem ser omitidos sob pena de a própria árvore não ser legitimada. Ademais, o uso do verbo “teria” em “teria razões para ocultar duas raízes” indica uma possibilidade no campo da hipótese que não se sustenta, pois não há elementos no texto que colocam em xeque possíveis ligações familiares que ensejariam desejo de ocultação de dados desses cruzamentos familiares. Dessa forma, não há elementos linguísticos nem inferências que permitam a intercorrelação entre uma perspectiva crítica a segmentos familiares não valorizados, como se expressa na redação da alternativa B, que se mostra inválida para interpretar a frase. Não há, além disso, referência de que pessoas não valorizam suas origens familiares de forma adequada porque a frase apenas contempla uma definição – expressa pelo uso do verbo ser e pelo predicativo do sujeito – para definir o termo “árvores genealógicas”.
A alternativa D indica uma percepção interpretativa mais adequada ao indicar correlações indiretas entre árvore genealógica como representação gráfica de relações familiares e árvore natural. Ela se mostra aceitável para análise da frase porque á um cotejo entre esses elementos, típico de uma comparação indireta. Dessa forma, solicita-se a alteração do gabarito da questão para alternativa D

QUESTÃO: “Todos os textos abaixo mostram argumentos em defesa de uma tese...”

GABARITO RECURSO: (E) Na idade média todas eram bons cristãos... 

FUNDAMENTO RECURSO: Para a questão, a banca indica, no gabarito preliminar, a opção D. Contudo, considera-se inadequada essa avaliação. O enunciado solicita a identificação correta de argumento a partir de uma frase exposta em cada alternativa.
A opção D – indicada como gabarito preliminar pela banca – é assim redigida: “Todos os empregados da empresa receberão assistência de saúde para que tenham melhor rendimento, diz o atual diretor / argumento apoiado em opinião pessoal.” O argumento não pode ser classificado como uma opinião pessoal do diretor porque expressa uma perspectiva da empresa, apenas exteriorizada pelo discurso de seu representante, que faz referência a um fato da empresa. É uma declaração acerca de benefícios propiciados pela empresa e não um juízo de valor pessoal do diretor. E, se fosse, não representaria a voz de um líder da gestão como é o que ocorre na frase. Não se trata, portanto, de uma opinião pessoal do diretor, mas uma frase informativa da empresa que ele representa.
A opção E é assim redigida: “Os prefeitos de pequenas cidades devem imitar os das grandes cidades, pois os problemas são os mesmos/ argumento apoiado numa relação defeituosa de causa-efeito”. Essa alternativa está correta, pois há uma relação defeituosa de causa ao indicar que cidades de tamanhos diferentes apresentam os mesmos problemas. Cidades de tamanhos distintos têm problemas diferentes, que podem ser idênticos, porém não os mesmos; ainda há a relação defeituosa na indicação de efeito ao sugerir que as ações dos prefeitos desses cenários distintos deve ter as mesmas ações (princípio da imitação). Dessa forma, a relação causa-efeito não está correta, sendo defeituosa, como se expõe na redação da alternativa E, que é opção adequada para a questão. Por isso, solicita-se a alteração do gabarito para a alternativa E.


QUESTÃO: “Todas as frases abaixo apresentam oposições de caráter humorístico, com exceção de uma, a EXCEÇÃO é:” 

GABARITO RECURSO: (C) Quem vem de outros países é estrangeiro; 

FUNDAMENTO RECURSO: Na questão, a banca indica, no gabarito preliminar, a opção E. No entanto, essa avaliação precisa ser revista.
A questão solicita a indicação de alternativa que não mostra oposição de caráter humorístico. A frase de alternativa E é “Cada vez sabemos menos”. Ela indica, por meio do humor irônico, que não sabemos o que deveríamos saber porque, se sabemos cada vez menos, é porque se esperava que se soubesse cada vez mais e que também há uma profusão de informações e conhecimentos que muitas vezes não é possível absorver. Dessa forma, há sim o estabelecimento de relações opositivas (saber mais / saber menos). Vale pontuar que efeitos humorísticos também são pautados naquilo que é surpresa, que surpreende as expectativas. Esse ponto é explorado na alternativa E, portanto, ela exemplifica uma oposição de caráter humorístico. Não é uma exceção nesse sentido, como a questão solicita.

Como o enunciado solicita uma exceção de frase que expressa uma oposição de caráter humorístico, a alternativa correta é C. Esta é expressa com o seguinte enunciado: “Quem vem de outros países é estrangeiro”. Não há uma relação opositiva nessa frase, apenas ela indica uma caracterização correta de estrangeiro. Assim, solicita-se a alteração do gabarito de E para C.

 

QUESTÃO: “A frase abaixo que mostra uma visão negativa do ato religioso de crer é” 

GABARITO RECURSO: (D) Acredite em milagres, mas não dependa deles 

FUNDAMENTO RECURSO: Na questão, a banca indica, no gabarito preliminar, a opção E. Entretanto, essa avaliação merece uma revisão.
O enunciado da questão solicita a identificação de alternativa que contém visão negativa do ato de religioso de crer. A banca indica a opção E como correta. Ela traz a frase: “É preciso ver algumas coisas para se poder crer nelas”. Essa frase não expressa visão negativa porque ela indica a necessidade de ver um exemplo de algo mais concreto para validar a creditação, mas isso não é visão negativa do crer religioso. A crença religiosa pode se manifestar de distintas formas, como na fé, na crença em milagres, na ideia de conforto em momento difícil. Assim, quando se afirma que “É preciso ver algumas coisas”, faz-se apenas uma referência aos modos de crença religiosa, sem expressar qualquer visão negativa sobre ela. Ademais, indicar que é “preciso ver” aponta apenas uma necessidade de comprovação de crença e não uma perspectiva de valoração negativa das religiões.
A opção D, no entanto, indica sim uma visão negativa. A redação é esta: “Acredite em milagres, mas não dependa deles”. Há uma visão negativa da crença religiosa ao sugerir que não se pode confiar, acreditar neles plenamente. O uso da conjunção MAS já indica essa relação opositiva entre as orações, reforçando a avaliação crítica de se basear apenas nas crenças religiosas. Assim, a alternativa D, é a opção correta.
Pede-se, portanto, para alterar o gabarito de E para D.


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