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Prática e pós-graduação

Marketing jurídico: saiba o que pode ou não pode na hora de divulgar o seu serviço!

Descubra como fazer marketing jurídico de forma ética e estratégica, respeitando as regras da OAB e fortalecendo sua presença digital.

Última atualização em 31/10/2025
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Mulher sorridente vestindo terno, sentada em uma cadeira em frente a uma mesa com notebook aberto, em uma sala de escritório.


O marketing jurídico se tornou uma ferramenta indispensável para advogados e escritórios que buscam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.


Mas, ao contrário do marketing tradicional, ele exige cuidado, ética e conhecimento das regras estabelecidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


Neste guia completo, você vai entender o que é marketing jurídico, por que ele é essencial, o que é permitido e proibido pela OAB e como aplicar estratégias éticas para fortalecer sua autoridade profissional e atrair clientes de forma correta.


O que é Marketing Jurídico?

O marketing jurídico é o conjunto de estratégias de comunicação voltadas para posicionar advogados e escritórios de advocacia de forma ética e informativa no mercado.


Seu objetivo não é “vender serviços”, mas construir autoridade e confiança por meio da divulgação de conteúdo de valor.


Isso significa que o foco não está em propaganda comercial, e sim em educar o público, demonstrar conhecimento técnico e mostrar como o trabalho do advogado pode contribuir para a sociedade com sua prática jurídica.


Por exemplo, publicar artigos explicando novas leis, decisões judiciais recentes ou direitos pouco conhecidos são formas de aplicar o marketing jurídico sem ferir o Código de Ética da OAB.


Por que o Marketing Jurídico é importante hoje

O mercado jurídico no Brasil é um dos mais competitivos do mundo. Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já são mais de 1,3 milhão de advogados ativos no país, e esse número cresce a cada ano.


Nesse cenário, apenas ter um diploma e um escritório não garante visibilidade. É preciso posicionamento estratégico, presença digital sólida e comunicação ética para conquistar espaço e reconhecimento.


O marketing jurídico permite que o advogado:


  • Seja encontrado com mais facilidade por potenciais clientes.
  • Demonstre autoridade e credibilidade em sua área de atuação.
  • Crie uma marca pessoal sólida, baseada em confiança.
  • Estabeleça um relacionamento genuíno com o público.


Mais do que atrair clientes, o objetivo é gerar valor, ajudando as pessoas a entenderem seus direitos e mostrando o papel essencial da advocacia na sociedade.


Marco regulatório: o que permite e o que proíbe a OAB

O marketing jurídico é um campo cheio de oportunidades, mas também de cuidados. Diferente de outras áreas, a advocacia é regida por normas éticas rígidas, que têm como principal objetivo preservar a dignidade da profissão, evitar a mercantilização e garantir uma concorrência leal entre advogados e escritórios.


Por isso, antes de iniciar qualquer estratégia de divulgação, é fundamental conhecer o que a OAB realmente permite e o que proíbe em termos de comunicação.


Essas regras não servem para limitar o crescimento do profissional, mas para guiar uma atuação responsável e compatível com os valores da advocacia, assegurando que a mensagem transmitida ao público seja sempre informativa, educativa e transparente.


A seguir, você vai entender os principais documentos que regulamentam o tema e os princípios éticos que precisam nortear qualquer ação de marketing jurídico.


Principais normas e documentos

O marketing jurídico é regulado principalmente por:



Esses documentos estabelecem os limites da publicidade profissional, distinguindo o que é permitido (informar, educar, comunicar) do que é vedado (vender, prometer resultados, mercantilizar).


Princípios e limitações éticas

Toda comunicação deve observar valores fundamentais como sobriedade, veracidade e discrição.


A OAB proíbe práticas que:


  • Prometem resultados ou garantem vitórias.
  • Ofereçam descontos, promoções ou brindes.
  • Divulguem preços ou condições comerciais.
  • Façam publicidade ostensiva, sensacionalista ou comparativa.
  • Usem depoimentos de clientes ou linguagem apelativa.


Em resumo, o advogado pode se comunicar e divulgar conhecimento, mas sem transformar a advocacia em produto.


Estratégias éticas de marketing jurídico

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O marketing jurídico pode ser um grande aliado para o fortalecimento da sua imagem profissional, desde que aplicado com ética, planejamento e consciência sobre os limites da advocacia.


A ideia não é apenas divulgar serviços, mas construir credibilidade e gerar valor por meio de conteúdos e ações que informem e eduquem o público. Por isso, cada estratégia deve ser pensada com foco em relacionamento, autoridade e clareza, sem abrir espaço para práticas comerciais ou apelativas.


A seguir, veja algumas formas de aplicar o marketing jurídico de maneira inteligente e dentro das normas da OAB.


Marketing de conteúdo

Criar e compartilhar conteúdo informativo é uma das estratégias mais eficazes e seguras.


Artigos, posts e guias ajudam o público a compreender seus direitos e posicionam o advogado como uma referência confiável.


Alguns exemplos de formatos válidos:


  • Artigos em blogs sobre mudanças na legislação.
  • Guias explicativos sobre temas jurídicos de interesse público.
  • E-books gratuitos com conteúdo educativo.
  • Participação em eventos online para tirar dúvidas do público.


Esse tipo de conteúdo também pode ser otimizado para SEO jurídico, permitindo que o site do escritório apareça nos primeiros resultados do Google.


Redes sociais e posicionamento digital

Plataformas como Instagram, LinkedIn e YouTube são espaços valiosos para construir autoridade.


No entanto, é importante lembrar que as redes devem ser usadas de forma institucional e educativa.


O advogado pode:


  • Postar conteúdos informativos sobre temas jurídicos.
  • Divulgar participações em eventos e palestras.
  • Produzir vídeos explicativos e lives com colegas de profissão.


Mas deve evitar:


  • Usar linguagem promocional ou slogans de venda.
  • Exibir bens materiais, ostentação ou conquistas financeiras.
  • Falar sobre casos concretos ou mencionar clientes.


Site institucional e SEO

Ter um site profissional é essencial para transmitir credibilidade. Ele deve conter informações como:


  • Biografia do advogado ou histórico do escritório.
  • Áreas de atuação.
  • Artigos e conteúdos de interesse público.
  • Contatos profissionais.


A otimização SEO ajuda o site a ser encontrado no Google, mas é importante usar palavras-chave relacionadas a temas jurídicos e não a captação direta de clientes.


Por exemplo, “direito previdenciário: entenda seus direitos” é uma abordagem ética e informativa.


Tráfego pago limitado

A OAB permite o uso de anúncios pagos, mas com moderação. A divulgação pode ser feita em plataformas como Google Ads, desde que com caráter institucional e informativo, sem linguagem promocional.


Ou seja, é permitido anunciar um artigo jurídico, um evento ou um conteúdo educativo, mas não uma “oferta de serviços”.


E-mail marketing e newsletter

O envio de e-mails é permitido desde que seja informativo e não comercial. Pode incluir:


  • Atualizações legislativas.
  • Convites para eventos jurídicos.
  • Conteúdo educacional produzido pelo escritório.


O envio deve ser feito apenas para quem autorizou o recebimento, respeitando as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).


Erros comuns e armadilhas éticas

Três pessoas vestidas com roupas executivas, conversam e analisam dados em papéis em cima da mesa.


Mesmo com boas intenções, muitos profissionais acabam cometendo deslizes na hora de colocar o marketing jurídico em prática.


A busca por resultados rápidos ou o desconhecimento das regras da OAB pode levar a práticas que comprometem a imagem do advogado e colocam sua atuação em risco.


Antes de adotar qualquer estratégia, é essencial entender quais comportamentos e formatos de divulgação são vedados e como manter uma postura coerente com os princípios da profissão.


Veja a seguir os erros mais recorrentes e como evitá-los.


Promessas e resultados: Jamais prometa vitórias ou resultados garantidos. Além de antiético, isso fere o Código de Ética e Disciplina da OAB e pode gerar sanções disciplinares.

Ofertas, brindes e descontos: a advocacia não é uma atividade comercial, por isso não cabe oferecer pacotes, promoções ou brindes. Essa prática descaracteriza a profissão e é expressamente proibida.

Avaliações e depoimentos: o uso de depoimentos de clientes é restrito. Mesmo quando verdadeiros, eles não podem exibir nomes, imagens ou informações que identifiquem as pessoas envolvidas. A OAB também proíbe ostentação de resultados.

Publicidade agressiva e captação indevida: enviar mensagens diretas, fazer anúncios sensacionalistas ou divulgar promessas de sucesso é considerado captação indevida de clientela, uma infração grave no âmbito ético.

Atenção: o marketing jurídico deve atrair por valor, não por apelo comercial.


Confira as principais atualizações legislativas em Ética


O papel do Ceisc na sua formação jurídica

Entender e aplicar o marketing jurídico de forma ética é um diferencial para quem busca se destacar na advocacia moderna.


O Ceisc é referência em ensino jurídico e oferece cursos de Prática Jurídica e Atualização que ajudam advogados e estudantes a compreenderem o dia a dia da profissão e a se posicionarem de forma estratégica.


Com professores experientes, metodologia acessível e conteúdo sempre atualizado, o Ceisc prepara você para atuar com confiança, ética e excelência.


Seja para desenvolver sua carreira ou fortalecer sua presença profissional, o Ceisc é o parceiro ideal para o seu crescimento jurídico.


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Conclusão: O marketing jurídico é uma ferramenta poderosa, desde que utilizada com ética e responsabilidade.

Malhete em cima de uma mesa, com gráfico de resultados negativos ao fundo.


Ao respeitar os limites impostos pela OAB e focar em estratégias educativas, você pode construir autoridade, visibilidade e reputação sólida no mercado.


Lembre-se: o diferencial não está em quem fala mais, mas em quem comunica com propósito.


Invista em conhecimento, valorize a ética e use o marketing como instrumento de fortalecimento da advocacia.


Aproveite para conhecer os cursos do Ceisc, que ajudam você a unir teoria, prática e posicionamento profissional.


Leia também: 18 áreas do Direito em alta para advogados

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